Comunicação exige credibilidade
A importância de os diferentes agentes da comunicação serem credíveis foi destacada hoje, na Escola Superior de Educação (ESE) de Setúbal, num debate que juntou um assessor de imprensa, um jornalista e uma relações públicas.
"Todos dependemos uns dos outros e a nossa relação deve ser pautada pela seriedade e pelo rigor", afirmou Gonçalo Bofill, assessor na Câmara Municipal do Barreiro, um dos intervenientes na sessão, integrada na 2.ª Semana da Comunicação.
Os oradores descreveram as tarefas que enquadram cada uma das actividades e assinalaram que, embora exista uma comunicação constante entre as partes, estas devem manter-se independentes e possuem características próprias.
Gonçalo Bofill salientou que de um assessor não é esperada isenção mas, sim, que esteja tecnicamente preparado para defender a imagem da pessoa ou da instituição para a qual trabalha, conseguindo antecipar crises, minorá-las ou resolvê-las. Se houver necessidade, indicou, pode criar-se um facto positivo junto da imprensa que sirva de contraponto a um acontecimento negativo.
"A minha função, como assessor, é transmitir informação fidedigna, apelativa, que vá ao encontro das expectativas do jornalista. Cabe-lhe decidir, depois, se a utiliza. Posso dizer-lhe: 'Isto é interessante', mas nunca: 'Devias publicar isto'", referiu Gonçalo Bofill.
Guilherme Santos, jornalista da Rádio Voz de Setúbal, apontou a importância de as redacções procederem a uma triagem dos comunicados de imprensa, ilustrando. "Os assessores são atiradores furtivos que disparam em todas as direcções e nós temos de ter o guarda-chuva aberto."
O jornalista queixou-se de que as assessorias dão pouca atenção aos órgãos de comunicação locais e que estes são olhados com desdém. "Pensam que publicamos qualquer coisa que nos enviam, o que não é assim, e preocupam-se mais com os media nacionais."
Apontou ainda a precariedade da actividade jornalística em Setúbal e que esta realidade pode conduzir a situações em que os profissionais desrespeitam a deontologia e o regime de incompatibilidades a que estão sujeitos, o que, referiu, já sucedeu com ele.
"Os patrões pagam mal e pouco ou nada têm a ver com a comunicação. Muitas vezes somos obrigados a guardar a ética 'no saco' e a ceder a pressões porque temos de comer. Já fiz assessoria e dei voz a uma campanha publicitária. O que procuro é que haja um equilíbrio de forma a que a comunicação não saia afectada por falhas de ética", indicou.
A terceira interlocutora deste primeiro dia da 2.ª Semana da Comunicação, Rita Caleiro, relações públicas da Escola Superior de Tecnologia (EST), sublinhou a utilidade do curso de Comunicação Social que tirou na ESE de Setúbal no arranque e na consolidação do seu trajecto profissional.
"Com este curso, em particular os estágios, adquirimos competências fundamentais que nos servem para crescermos em várias vertentes", acentuou.
A responsável pela comunicação interna e externa da EST aconselhou os futuros profissionais a aproveitarem o capital académico adquirido para, através de uma postura de inovação, proporem soluções ao mercado.
A 2.ª Semana da Comunicação, organizada pelo 3.º ano de Comunicação Social da ESE, sob o lema "Acerta o teu Futuro!", está a decorrer até quarta-feira no Auditório da Escola Superior de Educação de Setúbal, em sessões das 10h00 às 12h00.
O tema em discussão no debate de amanhã é "Publicidade" e conta com a participação do comunicador Fernando Alvim, profissional da Antena 3 e da SIC Radical, e de Ana Paula Costa, da empresa Mais Cinema, promotora em Portugal do Festival de Cannes.
A directora do Festroia – Festival Internacional de Cinema de Setúbal, Fernanda Silva, e a directora de comunicação da ETIC – Escola Técnica de Imagem e Comunicação, Catarina Tomás, marcam presença na terceira e última sessão, sobre "Promoção de Eventos".
A importância de os diferentes agentes da comunicação serem credíveis foi destacada hoje, na Escola Superior de Educação (ESE) de Setúbal, num debate que juntou um assessor de imprensa, um jornalista e uma relações públicas.
"Todos dependemos uns dos outros e a nossa relação deve ser pautada pela seriedade e pelo rigor", afirmou Gonçalo Bofill, assessor na Câmara Municipal do Barreiro, um dos intervenientes na sessão, integrada na 2.ª Semana da Comunicação.
Os oradores descreveram as tarefas que enquadram cada uma das actividades e assinalaram que, embora exista uma comunicação constante entre as partes, estas devem manter-se independentes e possuem características próprias.
Gonçalo Bofill salientou que de um assessor não é esperada isenção mas, sim, que esteja tecnicamente preparado para defender a imagem da pessoa ou da instituição para a qual trabalha, conseguindo antecipar crises, minorá-las ou resolvê-las. Se houver necessidade, indicou, pode criar-se um facto positivo junto da imprensa que sirva de contraponto a um acontecimento negativo.
"A minha função, como assessor, é transmitir informação fidedigna, apelativa, que vá ao encontro das expectativas do jornalista. Cabe-lhe decidir, depois, se a utiliza. Posso dizer-lhe: 'Isto é interessante', mas nunca: 'Devias publicar isto'", referiu Gonçalo Bofill.
Guilherme Santos, jornalista da Rádio Voz de Setúbal, apontou a importância de as redacções procederem a uma triagem dos comunicados de imprensa, ilustrando. "Os assessores são atiradores furtivos que disparam em todas as direcções e nós temos de ter o guarda-chuva aberto."
O jornalista queixou-se de que as assessorias dão pouca atenção aos órgãos de comunicação locais e que estes são olhados com desdém. "Pensam que publicamos qualquer coisa que nos enviam, o que não é assim, e preocupam-se mais com os media nacionais."
Apontou ainda a precariedade da actividade jornalística em Setúbal e que esta realidade pode conduzir a situações em que os profissionais desrespeitam a deontologia e o regime de incompatibilidades a que estão sujeitos, o que, referiu, já sucedeu com ele.
"Os patrões pagam mal e pouco ou nada têm a ver com a comunicação. Muitas vezes somos obrigados a guardar a ética 'no saco' e a ceder a pressões porque temos de comer. Já fiz assessoria e dei voz a uma campanha publicitária. O que procuro é que haja um equilíbrio de forma a que a comunicação não saia afectada por falhas de ética", indicou.
A terceira interlocutora deste primeiro dia da 2.ª Semana da Comunicação, Rita Caleiro, relações públicas da Escola Superior de Tecnologia (EST), sublinhou a utilidade do curso de Comunicação Social que tirou na ESE de Setúbal no arranque e na consolidação do seu trajecto profissional.
"Com este curso, em particular os estágios, adquirimos competências fundamentais que nos servem para crescermos em várias vertentes", acentuou.
A responsável pela comunicação interna e externa da EST aconselhou os futuros profissionais a aproveitarem o capital académico adquirido para, através de uma postura de inovação, proporem soluções ao mercado.
A 2.ª Semana da Comunicação, organizada pelo 3.º ano de Comunicação Social da ESE, sob o lema "Acerta o teu Futuro!", está a decorrer até quarta-feira no Auditório da Escola Superior de Educação de Setúbal, em sessões das 10h00 às 12h00.
O tema em discussão no debate de amanhã é "Publicidade" e conta com a participação do comunicador Fernando Alvim, profissional da Antena 3 e da SIC Radical, e de Ana Paula Costa, da empresa Mais Cinema, promotora em Portugal do Festival de Cannes.
A directora do Festroia – Festival Internacional de Cinema de Setúbal, Fernanda Silva, e a directora de comunicação da ETIC – Escola Técnica de Imagem e Comunicação, Catarina Tomás, marcam presença na terceira e última sessão, sobre "Promoção de Eventos".
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